o signo do dragão
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015
Logo percebemos que essa terra, de uma beleza milenar que devolve a tela de cinema à clareza vibrante de uma Sicília explodindo de sol, exprime o lamento da nossa e da sua destruição presente. Através de Empédocles, Jean-Marie Straub e Danièle Huillet falam evidentemente de hoje: as palavras, o ritmo, a musicalidade do texto da tragédia de Hölderlin se unem bem naturalmente ao concerto das cigarras cortando conscienciosamente o silêncio do verão siciliano. De um mundo em sua aurora ao planeta saqueado de hoje em dia pelos apóstolos do lucro, a compaixão do olhar dos Straub revela, com a mesma lucidez e para além do espaço e do tempo, a amplitude do desastre.
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