En effet, Brisseau est, dans une époque gangrénée par le cynisme et la mécréance, un des derniers raconteurs d’histoire à croire en la possibilité de traiter frontalement de thématiques aussi essentielles que l’amour ou les classes sociales. Ce sans asséner de discours, sans que l’importance du contexte social ne nie celle des sentiments individuels. D’où une profondeur dramatique, d’où un refus de l’insignifiant, d’où une absence de second degré qui rendent L’ange noir à la fois passionnant à regarder et très précieux quand on se rappelle combien ces qualités sont rares dans le cinéma français.
sábado, 27 de junho de 2009
quinta-feira, 18 de junho de 2009
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Maxime Renaudin avisa...
at Bologna Il Cinema Ritrovato in June/July
I NOSTRI SOGNI Italia, 1943 Regia: Vittorio Cottafavi
LO SCONOSCIUTO DI SAN MARINO Italia, 1946 Regia: Michal Waszynski
FIAMMA CHE NON SI SPEGNE Italia, 1949 Regia: Vittorio Cottafavi
IL BOIA DI LILLA Italia-Francia, 1952 Regia: Vittorio Cottafavi
UNA DONNA HA UCCISO Italia, 1952 Regia: Vittorio Cottafavi
LA TRAVIATA '53 Italia, 1953 Regia: Vittorio Cottafavi
UNA DONNA LIBERA Italia-Francia 1954 Regia: Vittorio Cottafavi
MARIA ZEF Italia, 1981 Regia: Vittorio Cottafavi
I CENTO CAVALIERI Italia-Spagna, 1964 Regia: Vittorio Cottafavi
LE LEGIONI DI CLEOPATRA Italia-Francia-Spagna, 1959 Regia: Vittorio Cottafavi
(...) Sem dúvida, A Revolta dos Gladiadores não constitui uma excelente introdução ao conhecimento de Cottafavi. A mise en place, até agora extremamente íntima, fundada sobre as possibilidades maiores de surpresa, de surgimento e de seleção oferecidas pela tela normal, tem tendência a se diluir nesta primeira confrontação com o formato CinemaScope, provocando um certo relaxamento geral, e tempos longos desnecessários. No entanto, há ainda muitos planos tensos, esfolados vivos, agudos e ferinos como diamantes, para servir de suporte e referência a algumas proposições sobre o gênio de seu autor. Deixando seus compatriotas tateando nas brumas neo-realistas, este, à semelhança de Preminger e Mizoguchi, cinzela seu delírio em filmes preciosos, paroxísticos, oscilando entre os dois pólos de sedução, do amor e da morte, fantasmas maiores que se resolvem em uma sublimação dos gestos. Que me importam os pretextos, se os eventos se dissolvem na magnificência da expressão? Mais que qualquer outro, Cottafavi se liga aqui à beleza dos rostos, beleza crucificada, magnificada nos suplícios, nostalgia de um universo de príncipes onde apenas os jogos de príncipes são permitidos. Máscaras, venenos, flagelações, palácios, pesados cortinados, punhais (e seus equivalentes modernos) só conhecem duas conclusões possíveis, esta desaceleração súbita do homem que estaca diante de sua própria morte, os olhos perdidos, janelas sem fundo, ainda aqui e já fora do mundo, e nos oferecendo, em um último estilhaçamento, o segredo de uma divindade dolorosa, ou então esta cintilação de dois corpos enfim reunidos, grupo esculpido no instante e, no entanto, de dimensão eterna. Assim se encontra ilustrada a mise en scéne que amamos, seqüência de impulsos e de repousos, espelhamentos, gritos, jogos gratuitos e fora de propósito que nos falam do essencial. (...)