segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

(...) Dans ONCE UPON A HONEYMOON, l'appel à la lutte contre le nazisme vient s'immiscer dans le schéma d'une comédie américaine classique et s'exprime à travers la prise de conscience d'un personnage traditionnel du genre, et donc peu préparé, au départ, à de telles révélations. Dans SATAN NEVER SLEEPS, qu'on pourrait décrire comme une fuite hors de l'Eden envahi, s'installe presque malgré l'auteur une amertume qu'on voyait poindre déjà dans telle séquence de MAKE WAY FOR TOMORROW ou dans MY SON JOHN. Modernes malgré eux (n'est-ce pas la meilleure façon de l'être?), ces films, qui dissimulent à peine la colère rentrée du plus pacifique et du plus chaleureux des hommes, ne disent-ils pas, d'une manière plus persuasive encore que si l'auteur avait voulu le dire ouvertement, la difficulté du bonheur, de l'harmonie, et combien un monde qui serait fondé sur eux est encore loin du nôtre, est encore à créer.

Jacques Lourcelles, McCarey, Anthologie du cinéma nº 70, L'Avant scène du cinéma, novembro 1972

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Do you feel class is something not addressed enough in U.S. film?

[Class is] not discussed in American life very much -- there’s a notion that social or economic class divides don’t exist when of course they do. But that wasn't always true in film -- think of John Ford, it’s always all over his films. The idea of "Vertigo" is partly genius because of social class -- the idea is he has to make Kim Novak up to the fancier version of Kim Novak in order to rekindle his obsession. So class becomes part of that story. Today, I mean, what social class can you find if someone’s a fucking Spider-Man? What the fuck does that mean?

I'm sensing a degree of dissatisfaction with current mainstream U.S. film from you...

I think it’s in profound trouble in a way that is not reflected by people writing about cinema now. What I find troubling is, I’ll read, for example, conversations between AO Scott and Manohla Dargis [in the New York Times] and I find that they’re extremely erudite, and I love what they say.

But sometimes I feel like the subtext is them trying to convince themselves and each other that the state of cinema not so bad. And what neither of them has ever really addressed, and I have not read it anywhere else either, is the troubling disappearance of "the middle." Which is not to say the middlebrow -- that exists with flying colors. But there is tremendously interesting cinema being made that is very small, and there are very huge movies which have visually astounding material in them, but you know Truffaut said that great cinema was part truth, part spectacle, so what’s really missing is that. It’s what United Artists would have made in 1978 or something.

Like "Raging Bull" could not be a low-budget movie, it just couldn’t, there’s a certain scale that’s involved in making it, and no one would make "Raging Bull" today. The last example of the industry doing this middle movie that I’m talking about, to me would be Michael Mann’s film “The Insider” which I really like. That has scale and also a bit of truth it. What I don’t see as part of the discourse is a discussion on the economic forces that have forced out the middle. There is some discussion, some awareness, but not enough, because to me that is the central crisis of American movies: the disappearing middle of the mainstream.

So where has the audience for these films gone?

They’ve migrated to television. So there’s superb television, but it’s not for me because first of all, the two-or-three hour format is just perfect, because it replicates best our birth-life-death cycle. "The Sopranos" was genius television but it went on forever, and it never seemed to culminate in anything, and then everyone was pissed off at the ending but that’s exactly why TV cannot substitute for a great movie because the swell of the architecture of a movie is part of what makes it the most beautiful visual art form.

And it’s true, right? There’s a kind of beautiful movement to a wonderfully structured film which is not reproduce-able by the best "Breaking Bad" [episode], which, by the way, is great. But it’s not the same thing - that’s a kind of luxuriate, get the food delivered, sit down in front of the TV and for that moment, that hour, you’re in pleasure, and then you go back to your life until the next week. It’s not quite the same [as a movie], not as transformative.

(...)

Does storytelling feel too unironic for our ironic times?

Yeah, I’m not exactly certain when that began. And it’s not just movies, it’s culture-wide. Look at music, the idea of melody. I would say over the last 30 years melody is not really particularly important. Isn’t that analogous to story [in film]?

I think that people have done [the destruction of narrative thing]. Derek Jarman made "Blue," and that’s it. Once he made "Blue" you can’t do anything else. Once Andy Warhol shot the Empire State Building for 8 hours what are you going to do? What more can you do? Jackson Pollock "broke the ice." And by the way I love these people. Jackson Pollock is the greatest, I’m not badmouthing these people, but cinema, for me, the meaning of it is telling a story on film.

For me, it’s an act of hubris to say that you don’t need story because it means that we would be members of the first group of human beings in the entire history of the human race that didn’t need story. And I’m not so arrogant as to suppose that’s the case.

sábado, 1 de dezembro de 2012

quarta-feira, 14 de novembro de 2012


segunda-feira, 12 de novembro de 2012

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Quem não entendeu que num filme do Griffith, do Pedro Costa e do Tony Mann o valor de um rosto JAMAIS será intercambiável com o de um arbusto - apesar de rostos e arbustos se fundirem ao universo ficcional como em Oliveira e Visconti -, quem não vê que há um verdadeiro abismo entre o que eles fazem e a paridade biológica absoluta com que a câmera de Apichatpong registra rostos e arbustos nivelados a "puros corpos", não viu nem entendeu NADA.

domingo, 28 de outubro de 2012

Hoje é 28 de outubro de 2012.

Vou fazer aqui um resumo breve do que se viu nos últimos anos, de certas questões em desenvolvimento entre os filmes brasileiros e a crítica de cinema brasileira:

- há de um lado o elogio, e a instituição (não necessariamente nessa ordem), do "maquiavelismo-moleque" (o termo não é meu), "daqueles que sabem exatamente o que querem, e se colocam em posição para conseguir" (as palavras não são minhas). São as pessoas que têm certas coisas, que na realidade são as "coisas certas", para conseguir através dessas posições, e por isso precisam se colocar em certos caminhos, na realidade os "caminhos certos", para consegui-las;

- a afirmação de que se está "no caminho certo" é na realidade uma carta branca para se continuar com os mesmos programas, as mesmas idéias, as mesmas vendas (no sentido de comércio, venda de produto, e no sentido de tapa-olho, máscara);

- a especulação intelectual passou a pregar a permanência de um terreno pródigo em temas a partir dos quais seja possível "se exercitar" para "fazer fortalecer" a cena cultural ("planejar", "manobrar" até "conseguir o que se quer", já que se está em "posição para conseguir");

- com tudo isso, o que está mais do que consumado é um projeto arrivista cuja recepção local (é aqui que entra a crítica de cinema) assumiu como bandeira o chapa-branquismo (basicamente não há quem faça crítica aos filmes brasileiros no Brasil), bandeira que agora começa a ser legitimada como uma coletividade (uma vez que já não há ninguém se debruçando sobre os méritos individuais dos filmes, i.e. uma crítica).

Só o futuro dirá se tudo isso é apenas preocupante ou se já se deu, neste ponto das coisas, o fim da crítica brasileira, aquela que começou lá em 1998 aqui na internet.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Para os que, como Losey, Ford, Gray e Straub, entendem brechtismo não como mostrar câmeras e refletores dentro da cena, entupindo o plano de grafismos gratuitos a fim de hipertrofiá-lo de "significações" ou inserindo claquete batendo na frente da câmera para "acusar/acentuar o dispositivo", mas sim como "a importância da precisão do gesto, da textura e da linha nos objetos", "a economia do movimento, de atores e de câmeras; não fazer nada se mexer sem propósito; a diferença entre calma e estatismo": Troublemakers no KG e A Velha Dama Indigna no MKO.

E também: convém não confundir "a economia do movimento, de atores e de câmeras; não fazer nada se mexer sem propósito; a diferença entre calma e estatismo" com indigência, com ausência de requinte, numa oposição primária entre dinamismo e liturgia (a liturgia regula o dinamismo; o dinamismo permite que a liturgia ascenda à fluência cerimonial que a justifica). Pensando aqui no Cimino, na sequência da igreja em The Deer Hunter, mas igualmente em:

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Em Bolonha, e em Gevacolor!

Unlike the classic melodrama with more intellectual pretensions, there is no logical order in this film – just a series of often pre­dictable scenes that are not always seam­lessly tied together, but are redeemed by their symbolic Pavlovian meaning. Without superfluous explanations and built around the conditioned reflexes of viewers experi­enced in the genre, the movie uses canoni­cal images to awaken hatred, desperation, or pity; tears may be shed. The result could be compared to surrealist collages. By cutting out and re-assembling common elements, the usual becomes unusual. But clearly, in cinema, every moment of poetry is involun­tary […]. A memorable, erotic sequence is that of the revolt – when every woman at­tacked by a sailor kisses him on the lips, ren­dering him docile and compliant. The cap­tain, before being killed himself, murders Isabelle by whipping her (while she says: “I paid for your complicity with my body”), and then everything concludes with an orgy of black dancers, wine that splashes over the bare breasts of the young women in an indescribable jumble of bodies. Disgusted by this spectacle, the two lovers escape by boat, while the ship, abandoned by its crew, sinks. At the last moment, the cook and ex-curate recites the Lord’s Prayer, the women cover their breasts, everyone kneels down, and death captures them in a state of grace. In this film – which I find amusing like many awful melodramas, almost Dada­ist for their lack of narrative construction and directing precision – elements like religion, eroticism, women’s magazines, and big sentiments are all piled on without any harmony. And love, radically different from eroticism, often gets its revenge: the unfortunate onlooker, albeit accustomed to telling the difference between the two, has to fill in the gaps himself. After see­ing La nave delle donne maledette in a small neighborhood movie theater, I con­ducted an informal survey among the audi­ence members. During the whole film, the young leading couple exchanged only one very chaste kiss, but every single audience member, without exception, had seen Da Silva and Consuelo going to bed together.

Ado Kyrou, Amour – Erotisme & cinéma, Losfeld, Paris 1967

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Cop, por João Palhares


Como disse o Miguel o outro dia:

Sem dúvida, a indústria necessita deixar fora de circulação os verdadeiros criadores para que possam prosperar os suplantadores, os simuladores e os falsificadores (são tantos e tão venerados que é melhor nem nomeá-los) que hoje triunfam com facilidade e, para completar, entre os elogios unânimes e cada vez mais bregas de uma crítica majoritariamente cega e surda, que não pensa para melhor escrever ao ditame das modas.

domingo, 16 de setembro de 2012

Le film épouse minutieusement le déroulement d’une tragédie déjà inscrite. Jusqu’au bout de la nuit fonctionne sur l’essentiel : une mise en scène épurée, qui dépouille chaque situation de tout artifice théâtral. Trois plans (des armes et une cagoule qui passe de mains en mains, trois hommes marchant dans la nuit vers le casino de Deauville, un car de gendarmerie qui passe) suffisent à condenser toute la violence d’un hold-up. Gérard Blain construit, à coup d’ellipses foudroyantes, un objet qui ne ressemble à rien, quelque chose comme le croisement de High Sierra de Raoul Walsh et de L’Argent de Robert Bresson. À la précision des plans et de leur agencement se superpose le discours d’un héros qui exalte un illégalisme désespéré dont l’expression préfère souvent la maladresse à l’habileté, parfois l’antipathie à la sympathie immédiate. Loin de tout naturalisme et de toute psychologie, le film rejoint l’économie de la série B et sa faculté de synthèse, lorsqu’elle est portée par une véritable intelligence.

(clicar na foto)

Complementando o que disse o Jean-François Rauger: o elo perdido entre High Sierra e Hana-bi.

domingo, 26 de agosto de 2012

"Impressions anciennes"

Que savons-nous de la Grèce aujourd’hui... Que savons-nous des pieds agiles d’Atalante... Des discours de Périclès... A quoi pensait Timon d’Athènes en grimpant au forum... Et cet écolier de Sparte pendant que le renard mangeait son ventre. Elargissons le débat... Que savons-nous de nous-mêmes, hormis que nous sommes nés là il y a des milliers d’années... Que savons-nous donc de cette minute superbe où quelques hommes, comment dire, au lieu de ramener le monde à eux comme un quelconque Darius ou Gengis Khan, se sont sentis solidaires de lui, solidaires de la lumière non pas envoyée par les dieux mais réfléchie par eux, solidaires du soleil, solidaires de la mer...

De cet instant à la fois décisif et naturel, le film de Jean-Daniel Pollet nous livre sinon le trousseau complet, du moins les clés les plus importantes... Les plus fragiles aussi... Dans cette banale série d’images en 16 sur lesquelles souffle l’extraordinaire esprit du 70, à nous maintenant de savoir trouver l’espace que seul le cinéma sait transformer en temps perdu... Ou plutôt le contraire... Car voici des plans lisses et ronds abandonnés sur l’écran comme un galet sur le rivage... Puis, comme une vague, chaque collure vient y imprimer et effacer le mot souvenir, le mot bonheur, le mot femme, le mot ciel... La mort aussi puisque Pollet, plus courageux qu’Orphée, s’est retourné plusieurs fois sur cet Angel Face dans l’hôpital de je ne sais quel Damas...

Jean-Luc GODARD.

Cahiers du cinéma n° 187, fevereiro 1967

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Eu não quero progresso nenhum. Nenhum. Pelo contrário, porque o progresso dá nisto, nos não sei quantos milhares de desempregados, dos pobres, nesta tristeza que nós vemos.

...

Se vir um filme do Murnau, que é um realizador alemão do princípio do século XX, de 1928, e a seguir vir um filme do Martin Scorsese, de 2009 ou 10, há imediatamente um fosso.

...

Vou-lhe dizer uma coisa um bocado sacrílega, mas se houvesse um James Cameron português, eu estava felicíssimo da vida. A sério.

...

Fui gravar um filme a Cabo Verde, que tinha vulcões e paisagens estranhíssimas, pensava que era um realizador desse género, mas percebi que não era verdade, não tinha estofo para isso. Tive a consciência, também, que já não vivemos nesse mundo, infelizmente. Nesse mundo em que a paisagem significa qualquer coisa. O que temos à frente não é propriamente bonito, mas não é isso. A paisagem não quer dizer grande coisa, nós vivemos numa sociedade em que o ser humano é o centro, o princípio e o fim das coisas e acho que antes isso, se calhar, era menos assim. Os animais, as plantas, e estou a falar dum mundo cada vez mais antigo, em que tudo tinha o seu valor, em que tudo tinha a sua importância. Hoje em dia, enfim… as pessoas dormem aí debaixo de uma ponte, as árvores são o que são… Só vejo eucaliptos de Lisboa até Cabo Verde, como é que eu posso filmar paisagens?

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Um livro que, após haver demolido tudo, não se destrói a si mesmo, exasperou-nos em vão.

terça-feira, 17 de julho de 2012

LES AMBIGUÏTÉS DE LA VERTU
Par Bernard Eisenschitz

Allan Dwan l’a découverte, Raoul Walsh en a fait une actrice. Issue d’une dynastie de comédiens et comiques anglais, Ida Lupino tourne à dix-huit ans dans Her First Affaire avec Dwan, puis est amenée à Hollywood pour jouer Alice au pays des merveilles sous la direction de Walsh. Après quelques fous rires, il n’en est plus question mais ils sont amis et se retrouvent à la Warner Bros., où Walsh lui donne trois de ses plus beaux rôles (They Drive by Night/Une femme dangereuse, High Sierra/la Grande Evasion, The Man I Love) et fait d’elle une des actrices les plus énergiques et les plus émouvantes des années 1940. Chez Warner, Lupino se révèle comme actrice mais aussi comme tête de cochon, refusant les rôles qui ne lui plaisent pas et allant de suspension en suspension. A l’en croire, c’est Walsh qui lui a conseillé de changer d’emploi et de devenir réalisatrice. « Hors de mon temps de travail, j’ai beaucoup observé dans le département montage, le département décors, tout cela… grâce à Raoul (1). » De lui elle apprend à ne jamais perdre son calme avec un mauvais comédien. Sa préférence personnelle ira « à des acteurs qui n’ont pas été gâchés par des cours d’art dramatique. Ils ne sont pas forcément jeunes, on en trouve à tout âge. » Ayant quitté Warner dans l’après-guerre, elle se trouve dans la situation de bien des stars qui ressentent le besoin de respirer loin des studios et du code Breen d’autocensure. Productrice et coscénariste de Not Wanted, Ida Lupino devient réalisatrice lorsqu’Elmer Clifton, director en titre, est frappé d’une crise cardiaque. C’est le début d’une filmographie brève et dense : six films en cinq ans (avec un post-scriptum treize ans plus tard), et d’une petite production familiale (Emerald, puis The Filmakers) qui se consacre à des sujets de la vie quotidienne américaine sous ses aspects les plus modestes. (Pour information, Ida Lupino ne confirmait pas la rumeur selon laquelle elle aurait brièvement participé à la réalisation de la Maison dans l’ombre [Nicholas Ray, 1950-52], mais revendiquait le retournage de plusieurs scènes dans Jennifer [Joel Newton, 1953].)

On aimerait imaginer le personnage tourmenté de Walsh, Vincent Sherman, Jean Negulesco ou Ray faisant passer son univers à l’écran. Mais mieux vaut ne pas confondre les rôles et la réalisatrice – bien qu’à plusieurs reprises, elle fasse elle-même de ses films des relectures de ses rôles : le carriérisme familial et prolétarien de The Hard Way (Vincent Sherman) dans Hard, Fast, and Beautiful ; la cécité de la Maison dans l’ombre devenue surdité dans son premier film de télévision, Nr. 5 Checked Out (Recherché pour meurtre, 1956) ; la machination meurtrière et la folie de They Drive by Night dans un autre téléfilm, The Threatening Eye (Pas pour vos beaux yeux, 1964).

Ida Lupino, écrivait Jacques Rivette en 1963, « échoue complètement à raconter quelque histoire que ce soit : ses ruses sont si naïves, ses effets si démesurés, qu’ils touchent à contretemps. Son fort : le portrait, en quelques gestes, d’un personnage féminin, désarmé ou désarmant (…) Les infortunes de la vertu ? Mais plutôt ses ambiguïtés. » Au centre de ses trois premiers films, des personnages féminins dans des situations traumatiques – grossesse non voulue (Not Wanted), poliomyélite (que Lupino avait connue – dans Never Fear), viol (Outrage). Des jeunes filles crispées, maussades, victimes qui se punissent et s’isolent elles-mêmes. Ses personnages sont passifs, cèdent à leur sentiment de culpabilité ou d’échec. La maladresse de ses jeunes interprètes, auxquelles ou auxquels elle tenait tant, exprime aussi leur malaise dans la société où ils sont jetés, ainsi qu’une vision assez conformiste où une bonne décision suffit à tout résoudre.

Si elle s’est toujours définie comme une directrice d’acteurs avant tout, on peut être sensible à son oeil pour les extérieurs urbains – qu’ils soient photographiés par Henry Freulich, Archie Stout ou George Diskant. Le plus beau plan de ses films est peut-être le premier de tous, le générique de Not Wanted : La montée d’une jeune femme dans une rue en pente d’une grande ville, vision de quotidienneté américaine au terme de laquelle on devine l’égarement sur son visage en gros plan.

De fait, c’est peut-être un personnage central masculin, celui de The Bigamist, qui illustre le mieux le propos de la cinéaste sur des personnages passifs dans des situations inextricables. Edmond O’Brien (« dans le rôle du Bigame », annonce le générique) est un de ces personnages solitaires et vulnérables, aussi sympathique que possible, s’efforçant de préserver le bonheur de deux femmes à la fois et obtenant le résultat inverse tout en se mettant au ban de la société. Tout le monde a ses raisons, affirme une séquence après l’autre, mais elles ne vous laissent aucune chance ; et le trio d’acteurs (O’Brien, Joan Fontaine et Ida Lupino elle-même, pour la seule fois dans un de ses films) atteint par moments à une émotion rare. Le film se termine en suspens : la décision du juge ne sera pas connue.

Comme tous les réalisateurs et producteurs de son époque, Ida Lupino reste dans le cadre de l’industrie : son ancien courtisan Howard Hughes offre aux Filmakers les facilités et la distribution de RKO. Aucune remise en question de la société chez elle, mais parfois une perception sensible de celle-ci. Son cinéma entre dans le cadre de ce que Thom Andersen a appelé le « film gris » : un travail qui s’inscrit dans les conventions des genres, mais en tire une lecture plus critique de l’Amérique. Pour le meilleur, elle se trouve ainsi proche de ses contemporains Ray, Aldrich, Brooks ou Fuller. Dans un mouvement inverse, le traitement de ces sujets est bridé par un puritanisme croissant qui, s’il ne peut plus les écarter (la guerre a ouvert les yeux), en soumet le traitement à des limitations strictes. Entre le script de Paul Jarrico (bientôt blacklisté et producteur du Sel de la terre), refusé par Columbia, et la version tournée de Not Wanted, il n’est plus question de montrer un séducteur gosse de riche ou un patron cherchant à exercer son droit de cuissage. C’étaient peut-être des libertés dérisoires, mais elles disparaissaient pour une décennie. Le conformisme omniprésent des années 1950 imposait comme une évidence qu’il était malséant d’« aborder des sujets » s’ils n’étaient pas filtrés par un genre, policier de préférence. Mieux valait oublier l’aspiration de l’après-guerre à ouvrir d’autres espaces et d’autres réalités au cinéma, la richesse de sa génération fauchée par la chasse aux sorcières. Lupino elle-même a payé son tribut à l’esprit du temps avec un pur film de « red scare » : The Hitch-Hiker, portrait sinistre d’un tueur en série (l’expression n’avait pas encore été inventée), joué dans un registre monocorde par William Talman (à qui elle donnera un contre-emploi plus intéressant dans Nr. 5 Checked Out). N’y ont plus cours toutes les ambiguïtés qui faisaient l’intérêt des premiers films – et qui imprègnent alors les films d’Aldrich ou Don Siegel, compagnons de route de Lupino : l’autostoppeur, c’est l’inconnu donc le mal, il faut s’en tenir loin et le détruire comme un vulgaire extraterrestre.

A la fin de l’aventure des Filmakers, Lupino comédienne retrouve Fritz Lang – après un rendez-vous manqué en 1942 pour Moontide (la Péniche de l’amour, terminé par Archie Mayo) – dans la Cinquième Victime, où le cinéaste a engagé l’actrice qu’elle avait découverte, Sally Forrest. Et le scénario que Lang dirige ensuite, l’Invraisemblable Vérité, avait été à l’origine préparé pour les Filmakers. De plus en plus, elle se consacre à la télévision, se moulant dans les formules d’innombrables séries : son excellent Sybil, pour Alfred Hitchcock présente, ressemble plus à Suspicion qu’à ses propres films, et The Masks est un Twilight Zone typique, sans parler des Fugitif, Virginien, Incorruptibles et autres Thriller que nous n’avons pas vus, ou il y a trop longtemps. Elle ne réalisera plus qu’un film de cinéma, The Trouble With Angels : encore une fois son aisance avec les jeunes actrices, sa masculinisation voire militarisation de l’institution religieuse, se laissent deviner, mais tout juste, dans un enchaînement de sketches où deux gamines provoquent des catastrophes, calamiteuses mais toujours gentilles. Puis c’est la disparition de l’écran et de la vie publique, qui laisse d’elle, comme dernière image, celle d’un autre Twilight Zone,dont elle n’était que l’interprète : The Sixteen-Millimeter Shrine (Mitchell Leisen, 1959), belle variation en mineur sur Sunset Boulevard.

(1) B.E., Entretien avec I.L., Pacific Palisades, 11 avril 1983.

Remerciements à Damien Bertrand, Thom Andersen

quinta-feira, 12 de julho de 2012

domingo, 8 de julho de 2012

Dwoskin: el último cineasta, por Louis Skorecki

Dwoskin es inexplicable. Más allá del análisis, de la descripción, de la exégesis. Con una facilidad impertinente, inédita, realmente radical, excede las palabras estructuradas, inteligentes, inteligibles, que se podrían proferir sobre sus películas. Tanta precaución oratoria para llegar a esto: todo lo que quiero anunciar –sí, como una buena noticia, una sorpresa de última hora- es que la muerte del cine ha sido diferida momentáneamente y que queda todavía un cineasta.

Nos encontramos en un estado de supervivencia del cine en el que este no hace más que copiar, reproducir viejos modelos inoperantes (clásicos, hollywoodienses…)

Próxima etapa probable: vidiotización, diseminación de los efectos audiovisuales, desaparición del Cine como Arte/Comercio e, ineluctablemente, del público (entender: el público fundador, perverso, sentimental, etc.)

Pero sobreviene Dwoskin, con Outside In y todo se retrasa. ¡Ahora que mi teoría estaba acabada, lista para usar! Así que cambio editorial preventivo: “muerte del cine aplazada para más tarde. Stop. Dwoskin inventa todavía algo nuevo. Stop. ¿Ultimo cineasta o primero de un nuevo ciclo de renacimientos? Stop. No lo sé. Stop. Seguirá. Stop.”

Muy finamente Tesson describe (Cahiers du Cinéma n333) el burlesco profundo del cuerpo en desequilibrio, el cuerpo del actor/Dwoskin, todo ese arte que consiste en aplazar la caída, diferirla, provocarla. Repetición, dificultad, sufrimiento: recuerdo- una vez más- la discapacidad de Dwoskin: la polio, sus piernas no le aguantan, depende por lo tanto de la fuerza de sus brazos, de las muletas en las que se apoya – y de los otros- para seguir adelante. Ya está dicho. No hablaremos más de ello, a tal punto es cierto que la invalidez de Dwoskin, incluso si está omnipresente y en el centro de todo lo que filma, impide siempre ver en qué es ante todo cineasta.

Outside In describe encuentros, repeticiones, sueños. Un hombre seduce mujeres, habla con ellas, cae sobre ellas, las acaricia, las hechiza, les hace el amor ¿Qué amor? El que está hecho de complicidad, de repeticiones, de imaginario. Sueña que es un cineasta hollywoodiense, que cambia todo alrededor suyo, todas las relaciones: las fantasías se vuelven color carne, un color de realidad, una sensualidad viva. Nada más que amor, siempre, lágrimas retenidas, romance sentimental, melo en estado bruto. Lo anuncio ya: acaba bien.

Este resumen, completamente subjetivo, es forzosamente mentiroso. Si lo doy a pesar de todo es porque me parece que privándose del peso del sueño no se entiende nada de la invención dwoskiana. Una invención de cada instante. Así: dos dedos bailan, con una loca agilidad; retoman el baile de los panecillos de Limelight, con más emoción aún, más visrtuosismo –frenesí del ritmo inédito, cuya novedad asombra más que la referencia al original, enviando al espectador primario (ingenuo, sentimental) hacia un abismo de imaginario, un torrente de lágrimas no derramadas, una interioridad de la ficción que es propiamente aterradora. ¿Por qué? Porque ya nunca se ama tan fuerte en el cine.

¿Es impreciso? Cómo explicar que la invención está aquí en todas partes: en la luz (Godard, Garrel), en la risa nerviosa (Chaplin), en el horror sin nombre (McCarey, Lang), en el fuera de campo (Tourneur), en la sensación de una primera vez (Lumière)? ¿Que esta mezcla de risa, de lágrimas, de incomodidad atroz, distiende cada segundo de la película, cada metro de celuloide como ya nadie sabía hacerlo? ¿Cómo escribir que el público de cine se pone por una vez a reinventar la historia que nos propone el cineasta, a vivir con ella, de ella, como no se hacía desde los clasicismos de la prehistoria? No lo sé. Lo seguro es que el cine, aquí, por ultima (o primera) vez, sirve realmente para comunicar. Informaciones, emociones, historias. Por decirlo rápido y resumir, más vale decir: Chaplin+Godard. La risa y la búsqueda. Locura+Público. Prototipo. Fulgor, genio, retorno al origen. Es cierto que son demasiadas grandes palabras. Un poco huecas quizás. Falta una cosa: la película. Tras Rotterdam, tras Digne, Outside In espera. ¿Hasta cuando?

Louis Skorecki, Cahiers du cinéma, nº 338, Julio-Agosto 1982.

sábado, 30 de junho de 2012

"(...) observando de uma distância cósmica, permite que a comédia da criação, da existência e do desaparecimento siga seu curso. Ele quer ser um olho lunar, uma consciência desligada do objeto; não escravizado por deuses, nem pela luxúria; não preso por amor ou ódio, por convicção ou preconceito. O desprendimento da consciência é a meta que começa a se manifestar por trás da cortina nebulosa (...)"

terça-feira, 12 de junho de 2012

sexta-feira, 1 de junho de 2012

new awakening


Without doubt, there was an underlying sense of gnawing depravity that surfaced in Certified Copy and took me by surprise. I was sure that I already had a good understanding of the work of this film-maker that I have been lucky enough to come across so often in the past 25 years. So I was not expecting his latest film to outstrip the already high opinion I have of his work. Some people like to feel that they can describe and pigeonhole his films as ‘pseudo-simplistic modernism’. But Abbas’ films have never failed to surprise and now here, not for the first time, is a new wake-up call, for me, and I am sure many others. With this film, Abbas propels his filmmaking into another dimension.

Like Someone In Love dissects the very spirit of human beings, delves into their most private feelings, feelings that even they are unaware of and reveals the fate that inextricably takes hold of each one of them. A fate that seems to have swept them all up on the same high-rolling wave, before spitting them out, naked and frozen. I had already felt this tide of emotion when reading the pages of Alfred Hayes. His words could have swallowed me up, swept me away and dragged me off course. They frightened me, and the more I was gripped by fear, the more lucid I became. I should also mention the black light with which Carco thought he could spectrograph his characters’ inner life and the life around them.

The more feelings of fear and lucidity come to the fore in films such as Like Someone in Love, the more opaque and mysterious the film becomes, in a similar way to the lesser known films of Jacques Tourneur, They All Come Out, Circle of Danger, The Fear Makers. Such subtle and clever film-making all shows the almost intangible uniqueness of their director.

Like Someone in Love is an outstanding example of “mise-en-scene”, an almost forgotten art in cinematography that has gradually been replaced by different aesthetic values. Here, one is reminded of the masterful skill of Preminger, at the height of his career, but Like Someone In Love is not just a show of masterful craftsmanship. The film is concrete, physical and profoundly enigmatic.

One leaves the cinema knowing a little bit more about life.

Abbas, I did not see this film coming, I thank you and I know others will too…

Pierre Rissient, 25th April 2012

quinta-feira, 24 de maio de 2012

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Agora afetação ornamental virou precisão estética.

A crítica de cinema também está muito bem servida de estilistas do nível do Wes Anderson, que se diga.

domingo, 13 de maio de 2012

quinta-feira, 26 de abril de 2012

On peut être dérouté par le cinéma d'Ozu. Car en apparence, son langage est simple. Mais il contient en fait une grande spiritualité dont les signes ne sont pas forcément reconnaissables par les Occidentaux. Le langage formel d'Ozu comporte, ainsi, six éléments importants qu'il convient de décrypter. 

- La place de la caméra : La caméra est le plus souvent posée sur le sol car c'est la façon la plus habituelle au Japon de s'asseoir. Naturellement, l'objectif est dirigé vers le haut en visant le ciel (Ozu filme les plafonds bien avant Orson Welles). La caméra devient alors le lien entre la terre et le ciel captant à la fois une énergie tellurique et une énergie spirituelle. 

- Le cadre : L'élément principal est absolument centré à l'intérieur du cadre. L'image est souvent symétrique. Par exemple : un vide, un plein, un vide. C'est assez rare ailleurs dans le cinéma. Avec l'architecture, il aime aussi créer un cadre dans le cadre. Il utilise la perspective chinoise où toutes les lignes de l'image convergent vers le spectateur. S'y ajoute un élément repoussoir au premier plan de l'image : un tronc, un vase, une table basse… Il crée ainsi l'idée d'un espace en-dehors du cadre pour inciter le spectateur à se situer dans cet espace hors-champ, et en même temps il l'oblige à se concentrer sur ce qui se passe à l'intérieur de l'écran. 

- Le champ-contrechamp : C'est la figure de style par excellence utilisée par Ozu dans les rencontres où quelque chose qui paraissait très solide, comme le lien familial, se dissout. Ses champs-contrechamps sont le plus souvent obliques et non pas frontaux (type le plus classique en Occident, générateurs d'une grande tension). Quand ça se tend au niveau du discours, l'autre personnage entre dans le champ en amorce. 

- Le jeu des acteurs : C'est un jeu stylisé. Il crée un masque cinématographique. Le sourire est un sourire de convenance pour exprimer le moment juste avant la colère. Ce sourire est d'une extrême violence. 

- L'extérieur : Chez Ozu, les scènes d'extérieur sont rares, mais importantes. Il capte les forces d'énergie et de spiritualité universelle. Elles s'opposent à l'énergie humaine qui, elle, existe à l'intérieur de la maison. En filmant le mouvement de l'eau, les feuilles des arbres, Ozu rappelle que malgré son apparence changeante, la nature est durable car cyclique. 

- Les plans sans personnages : La nature morte est une expression picturale occidentale. Chez Ozu, les plans sans personnages permettent de situer l'action, mais ils sont aussi l'image de quelque chose de solide en contrepoint à la fragilité de la vie. 

Eugène Green, Cinemateca Francesa, 2004

segunda-feira, 23 de abril de 2012

quinta-feira, 5 de abril de 2012

JEAN-LUC GODARD on Rob Tregenza's TALKING TO STRANGERS

In the Dialogues section of the 1996 Toronto International Film Festival Jean-Luc Godard was asked to write about a film as part of the "Talking With Pictures" section. He selected TALKING TO STRANGERS and Norman McLaren's BLINKITY BLANK.


If the 'Cahiers' still existed, and I did too, this is what I would say about Rob Tregenza's first film, composed, we all know, of nine scenes, each made up of one shot ('plan sequences'). Four of these scenes are remarkable and at times astonishing, that is, softly and strongly imbued with the marvelous: The Streets-- the Bank-- The Priest-- The Water Taxi. One of the scenes The Photographer is rather interesting. The rest less so.

"Well so what? cries the gentle reader. 'Why these mores and lesses?' Because they are the source of the fascination of this wonderful, half-sucesssful film--remember , reader, that in its time we praised Becker's film on Modigliani precisely for its failures. Because here reality walks hand-in-hand with fiction. The great Levi-Strauss would say: the elementary structures of kinship between fiction and reality. And I would add that fiction, the slut, trips up reality as soon as reality wants to posess her.

Theirs is not a heterosexual marriage. Reality and fiction are man and woman at the same time, and each reproaches the other for what she or he is, not for being what he or she is not. And this film only could be made in America, which --as we have known since Giraudoux-- sees an enemy in only that which it resembles-- in its failings. There is a great tradition in solitary America of being in love with reality, from Thoreau through MAN OF ARAN and FACES. And Rob Tregenza belongs to that tradition-- that of speaking and listening to our daily reality. Not simply of loving life-- not the candid camera, no, a reflective camera.

The third scene -The Bank- is in this respect an absolute model that all so-called film schools should show to all their so-called students, to let them see how the horror of invented fiction is redeemed by the grace of an offered reality. The camera continuously gives back what it is taking. Tregenza's two hands like the Samaritan's- taking and offering in a sort of operation by which haughty fiction is redeemed by the humble poverty of looking and hearing- Oh my Jane Campion, why did you let them drop the piano on you? And that the last -The Art- is a total failure- even more so that the proceeding two -The Bus and The Woman- because in them fiction is divorced from reality and is no longer needing the visible, and above all having to play the whore by tugging at our heart strings like a..., or a....

Or instead, we ask the only blind filmmaker, Norman McLaren, to shoot BLINKITY BLANK, and like all wonderful films, it will be the most wonderful of films.



Jean-Luc Godard 1996

sábado, 31 de março de 2012

quinta-feira, 29 de março de 2012

Mizoguchi Kenji
par Jean Douchet

La vie de Mizoguchi Kenji (on sait que les Japonais mettent les prénoms après les noms) fut digne de son oeuvre.

Il naquit le 16 Mai 1898 à Tokyo. Son père petit industriel maladroit en affaires, fut ruiné après la crise économique qui secoua le Japon a la fin de la guerre russo-japonaise.

Contraint de déménager, Mizoguchi et sa famille allèrent habiter dans un taudis situé dans un quartier peuplé de petits théâtres. Si notre futur cinéaste se révéla un piètre écolier il manifesta en revanche la plus extrême attirance pour le monde du spectacle qui l’environnait.

La situation financière de la famille étant loin de s’améliorer Kenji entre comme apprenti chez un dessinateur sur tissus de coton. “Ce que je voulais c’était devenir peintre, un vrai peintre, et j’allais fréquenter Aoibashi (le Pont bleu) à Tameike”.

A 19 ans, iI quitte Tokyo pour le grand port de Kobé. Il a trouvé, en effet, une place de dessinateur publicitaire dans un journal de la ville.

En 1917, le Japon qui, sans y participer réellement, est en guerre aux côtés des alliés, connaît une période de grande prospérité économique : tout le marché asiatique plus ou moins délaissé par les Anglo-français, leur appartient. Mais dans le même temps les classes pauvres connaissent une extrême misère. Les prix montent mais les salaires restent bloqués pour cause de guerre.’ De même sont interdits les grèves, les syndicats, etc.

Or Kobé, parce que le port le plus actif du Japon ouvert sur le monde extérieur, est la ville qui réagit le plus immédiatement à la révolution russe. Mizoguchi participe à une révolte appelée ”l’émeute du riz”. Il est arrêté par la police, roué de coups, incarcéré.

Né pauvre, ayant toujours vécu comme un pauvre, Mizoguchi croit moins en la politique qu’en la bonté humaine. Il a rejoint le mouvement de Kagawa Toychiko un protestant qui est un véritable saint.

Après la guerre, la crise revient. Les occidentaux reprennent tous les marchés économiques. On débauche partout. Chômeur, Mizoguchi rentre à Tokyo.

C’est là qu’il entrevoit par le biais d’un acteur de cinéma la possibilité de travailler dans le nouvel art. En 1921 il est engagé officiellement comme assistant metteur en scène. Commence alors une carrière qui comprendra près de cent films en trente deux ans.

Tous les témoignages sur Mizoguchi le montrent comme un homme d’une extrême exigence ne demandant pas seulement le maximum à ses collaborateurs mais plus que le maximum.

C’est ainsi qu’il laissait entièrement ses scénaristes comme ses acteurs sans aucune directive. Il fallait que ce soient eux qui lui apportent les idées, Mizoguchi se contentant de ne garder que celles qui lui agréaient.

Lorsque son scénariste favori Yoda Yoshikata lui apportait son script, Mizoguchi se contentait de le Iire. Puis il le lui rendait en le refusant. Comme l’autre cherchait à savoir ce qui n’allait pas, le cinéaste répondait : vous êtes le scénariste, je ne suis que le metteur en scène, c’est à vous de trouver. Et Yoda recommençait jusqu’à quinze fois son scénario.

* * *

Mizoguchi Kenji est au cinéma ce que J.-S. Bach est à la musique, Cervantès à la littérature, Shakespeare au théâtre, Titien à la peinture : le plus grand.

Cela signifie que, plus que tout autre, ce cinéaste a pénétré le secret de son art et par conséquent le mystère de la vie. Pour un artiste la compréhension intime de l’art, de l’homme et de l’univers ne font qu’un. En effet, plus le style d’un créateur adhère à la nature profonde de son art plus la pensée qu’il contient est riche et universelle.

Mizoguchi nous renvoie donc à la question : qu’est-ce que le cinéma ? Question insoluble non seulement en fonction de la place qui nous est impartie mais en soi (aucun art ne peut se figer dans le cadre rigide de théories, de lois et de règles). Mais question pourtant abordable. Certaines caractéristiques spécifiques, des constantes ou plus précisément des lignes de force essentielles permettent de discerner quelques uns des principes d’un art. Ainsi pour le cinéma du rapport apparence-réalité.

La caméra capte, en effet, à travers son objectif la réalité qu’elle enregistre. Mais c’est pour la renvoyer sur l’écran - par le phénomène de la projection - sous l’aspect de la pure et seule apparence. Ainsi la chose vraie, existence réelle a l’origine, se voit, par le seul processus de la technique cinématographique réduite à l’état de pure apparence, fiction, fantasme. Le monde objectif de la réalité et le monde subjectif du mental se trouvent inextricablement liés dans un conflit qui devient le sujet véritable des grands cinéastes.

A la différence des autres qui suivent les péripéties de ce duel en passant constamment de l’apparence à la réalité et établissent ainsi le mouvement secret et interne de leur film, Mizoguchi installe ce conflit au cœur même non seulement de sa mise en scène mais de chacun de ses plans. Chaque image, chez lui, est immédiatement double. A la fois le constat dans sa vérité documentaire du monde extérieur, dur, cruel, contraignant et le reflet du monde intérieur c’est-à-dire du retentissement affectif, du sentiment douloureux qu’éprouvent les personnages victimes de cette réalité qui les torture sans relâche. Dès lors, la durée de ce plan est fonction du mouvement subtil qui s’établit entre ces deux mondes, l’un - le monde objectif - cherchant toujours à imposer sa loi rigide et à détruire toute vie affective et spirituelle; l’autre - le monde subjectif - désirant au contraire préserver la qualité interne de la vie intérieure et plus encore transformer la réalité en un univers idéal, rêvé, irréel. Mouvement incessant qui se poursuit de plan en plan jusqu’à la victoire finale - et là encore apparente car tant que la vie continue le conflit ne peut avoir de cesse - de l’un ou l’autre camp.

Ceci se traduit esthétiquement par le conflit entre la beauté sensible, immédiate, évidente - beauté picturale - de chaque image chez Mizoguchi et la réalité qu’elle révèle très souvent atroce, impitoyable, infernale. C’est pourquoi plus l’image sera belle et semblera échapper par sa magnificence à l’emprise du monde objectif, plus cette beauté masquera la présence de celle-ci plus contraignante que jamais.

Ainsi dans l’Intendant Sansho le moment où la mère suivie de ses deux jeunes enfants et de sa servante s’avance dans la mer mouvante des joncs près du lac. Nous ne pouvons nous empêcher d’admirer une vue aussi splendide. Mais la mère qui pressent combien cette beauté cache de dangers se récrie alors que ce lieu est horrible ». Ainsi dans l’Impératrice Yang Kwei Fei, l’Empereur inconsolable de la mort de sa première femme se perd dans la contemplation d’un jardin merveilleux en écoutant de la musique.

Ce faisant il ignore la présence de Yang Kwei Fei qui sera pour lui source de vie et qui seule peut le sauver de la réalité du monde mort et stérile du souvenir affectif que la splendeur de ce décor a pour mission d’entretenir douloureusement. Ainsi encore dans les Contes de la Lune Vague après la Pluie, la perdition du potier dans le monde de la pure apparence, de la beauté formelle, monde fantomatique qui n’est qu’une aspiration de l’âme et de l’esprit mais qui se dissipant plongera le potier dans une réalité plus terrible qu’avant, etc, etc. Il n’y a pas un film de Mizoguchi où l’on ne puisse relever de tels exemples.

C’est que la pure beauté comble l’aspiration suprême de tous les personnages mizoguchiens et leur apparaît comme l’ultime refuge, et plus encore comme la seule véritable réalité, celle du monde du rêve et de l’affectivité, alors que la réalité objective se révèle n’être alors qu’une apparence : la vie même devient un songe. D’où le danger d’une telle attitude qui mène fatalement à la mort, et qui fait que la beauté plastique chez Mizoguchi est signe de mort. Aussi comprend-t-on mieux pourquoi toutes les morts chez ce cinéaste sont si douces, sublimes mais aussi terrifiantes. Ainsi la mort de l’Impératrice Yang Kwei Fei qui abandonne successivement tous ses atours, quitte ainsi le monde des apparences - celui de la vie - pour pénétrer dans le monde de la réalité durable : celui des sentiments éternels. Ainsi la mort d’Anju dans l’Intendant Sansho, celle de Madame Yuki, celle du père dans le Héros Sacrilege, etc.

Inversement les personnages qui désirent s’installer dans le monde de la pure beauté alors qu’ils sont encore en vie se voient justement condamner à perdre la réalité profonde du monde mental. La mort spirituelle et émotive s’installe en eux, les condamnant à vivre une vie errante et misérable, ou à des réveils douloureux. Nous l’avons déjà vu pour le potier des Contes de la Lune Vague. Souvenons-nous encore de la dernière scène du Héros sacrilège. Le héros aperçoit dans un pré sa mère entourée de danseuses amusant le seigneur, chef de la caste aristocratique. La beauté de cette scène porte sur ces personnages, leur condamnation. Ils ne sont plus que des morts en sursis, que des pures apparences. Ou encore le tout dernier plan de la Rue de la Honte. La très jeune fille envoyée comme servante dans la maison close est transformée, par la tenancière, en prostituée. On la farde donc. On masque sa beauté naturelle et simple sous celle des apparences. C’est sa propre mort morale, affective, spirituelle qu’elle appelle en faisant signe à l’horrible réalité qui l’environne.

Dans le combat sans fin que le personnage mizoguchien doit livrer au monde objectif pour imposer sa personnalité, c’est-à-dire son rêve, il n’y a de place que pour l’affrontement sans trêve. C’est finalement contre la beauté même que le héros doit se révolter car elle est le piège fatal. Alors la réalité extérieure attaquée de front Iivre son misérable secret : elle n’est que pure apparence qui recule épouvantée face à la force de l’esprit de vérité. Les palanquins sacrés, porteurs de miroirs dignes de ne fasciner que des alouettes, s’enfuient et s’évanouissent sous la flèche lancée par le Héros Sacrilège.

Le conflit apparence-réalité nous le retrouvons, spectateur, en nous-même. Chaque plan de Mizoguchi - puisque nous sommes au cinéma - est la seule réalité qui importe pour nous pendant la durée du spectacle. Il éveille en conséquence en notre conscience sensible, et ce dès son apparition sur l’écran, un sentiment de crainte, de tendresse, d’effroi, d’amour, etc. C’est ce sentiment que le plan, par sa durée fait évoluer en nous. Par contre-coup cette évolution intérieure agira sur la réalité du plan pour le forcer à évoluer lui-même selon le mouvement secret de nos désirs et de nos craintes. Par exemple, dans le Héros Sacrilège, le héros annonce ses fiançailles avec l’élue de son cœur. Aussitôt nous assistons à une fête populaire, sorte de procession de danseurs. Mais cet état de joie que cette vue provoque en nous est troublé par la menace que nous sentons peser obscurément sur ce bonheur étant donné que nous connaissons les dangers qui planent sur le héros. Aussitôt l’ordonnance de la fête est troublée par l’intervention des moines soldats qui provoquent une bagarre et sèment le tumulte.

C’est pourquoi un film de Mizoguchi n’est qu’une succession de moments purement affectifs qui se transforment selon les impressions que la vue du spectacle éveille en nous. Et c’est ce qui explique pourquoi une oeuvre de cet auteur est si touchante et prenante à une première vision mais si difficilement analysable. Nous sommes pris au piège de l’apparence de la réalité du spectacle, c’est-à-dire au monde de l’affectivité, qui est à la fois celui de l’illusion et de la réalité profonde selon l’emploi que nous en faisons. Pour saisir la vérité de cette réalité du spectacle il est nécessaire de nous détacher de sa beauté formelle, d’examiner l’intensité de nos impressions et les confronter à la réalité objective de la mise en scène. Nous pénétrons ainsi par le monde de la pure sensibilité dans l’univers de la pure intelligence. Alors nous atteignons à la connaissance totale qui est le but recherché par Mizoguchi, qui est la fin du cinéma, la raison même de l’homme face à l’univers.

domingo, 18 de março de 2012

1. Amico Rubín de Cendoya: nel tempo in cui io mi affaticavo per terre eteroclite, lei correggeva tranquillamente le linee del suo spirito secondo la guida offerta dal profilo delle sacre montagne celtibere. Lei è un uomo invidiabile, nato a Cordova, ma che tuttavia ha saputo affermare naturalmente, accanto al purismo (casticismo), il classicismo, intendendo questa parola al nostro senso, non come un modello o una regola, ma come una direzione e un impulso, non come un tipo dogmatizzato, ma come un credo fluente che ad ogni istante supera se stesso, muta nel corpo all’interno di un alveo senza mutamento. C’è ancora gente per cui non è del tutto chiara questa faccenda del classicismo, persone affette dal vago sospetto che tutta questa macchina del mondo è nata nel loro stesso giorno; lasciamole nella loro opinione: in fondo è oltremodo conveniente che alcuni nostri amici pensino diversamente da noi, perché così otteniamo l’arricchimento della coscienza nazionale. E lasciamogli l’arduo compito di rendere logicamente decente il loro solipsismo, cerchiamo noi di dare alle nostre energie, poche o molte, l’alveo e la coscienza del classico.

(...)

Perché il classico possa sgorgare in qualunque momento della nostra storia, occorre farne un concetto metastorico. Mi spiego. Nella sua Arte de poesía castellana diceva ad esempio Juan del Encina: « Non dubito che i nostri predecessori abbiano scritto cose più degne di memoria: perché oltre ad avere ingegni più vivi, arrivarono per primi e presero alloggio nelle migliori ragioni e sentenze ». E il prologo della Primera crónica general de España inizia: « Gli antichi sapienti, che furono nei primi tempi e trovarono i saperi e le altre cose... ». Queste due citazioni di epoche così diverse risultano una definizione implicita del classicismo come lo si è inteso finora. Questo è il classico storico: così l’hanno inteso insieme al medioevo i sapienti amici del sapiente Alfonso: così ha inteso il classicismo Juan del Encina, benché umanista e rinascimentale, gran viaggiatore per l’Italia e validissimo poeta.

Per loro il classico è l’antico, e le opere e gli uomini classici ottengono questo privilegio grazie ai loro anni di servizio.

Altro sintomo di ciò di cui sto parlando, amico Rubín, è la perpetua querelle degli antichi e dei moderni: così posta la questione, si tratta di una sciocchezza. Si sarebbe dovuto parlare di classici e romantici, non di antichi e moderni. Classici e romantici sono sempre esistiti, dalla Grecia in poi: la storia europea - o con altro nome: umana - è la storia delle lotte tra questi due angeli. Ormuz e Ariman, principi del bene e del male.

In qualunque momento dell’oggi, dello ieri o del domani europei si troverà lo scontro metafisico tra i due principi, l’uno in calo, l’altro trionfante, che polarizza le inquietudini umane.

L’errore di pensare il classicismo secondo una nozione cronologica, e di confonderlo in senso più o meno stretto con l’antichità, ha radici psichiche così profonde che non esito ad attribuirlo ai resti di asiatismo rimasti nei cuori europei. È noto infatti che per l’orientale un libro, per il mero fatto di essere antico, è un libro ispirato, è un libro divino. Lei può vedere qui il classicismo storico di mongoli e semiti, il classicismo superstizioso, il classicismo romantico. Perché romantico? - dirà lei...


(...)

Un resto di asiatismo, di propensione a materializzare le cose, io vedo nella confusione del classico con l’antico. Questo è il classicismo romantico, reazionario, conservatore, che ama bruciare, come incenso su un altare consacrato al Dio dei morti, l’aulente sostanza del futuro. Non ci serve a nulla questo classicismo da fannulloni che ci fa il malocchio dal profondo dei vecchi secoli in cui è stato messo. Anzi, abbiamo necessità di un classicismo che orienti la nostra attività e, portandoci aromi di terre nuovissime, ci inciti alla conquista per mari mai prima solcati. (...)

José Ortega y Gasset, Teoria del clasicismo

L’Art de la pensée

Let’s be modest: in France, film criticism is a tradition. The first French film review dates back to 1908. By 1918-1920, people began calling cinema an art form. By 1946, a new generation of critics, including André Bazin, began trying to define what cinema was. And by the 1950s, when we at the Cahiers du Cinéma attempted to define what an auteur was, we kept coming back to the notion that an auteur was a director whose thought[1] expressed itself on screen.

This reminds me of what my father used to tell me: “Everyone can have a hundred ideas a day. But what counts is to have one idea, and to take it as far as possible each day.” In other words, to have a thought. And the more I think of it, the more I believe that art is, in fact, thought. It’s the manifestation of our imagination through thought - not necessarily the rationality of thought, but the magnitude by which thoughts can express both our conscious and unconscious selves. Plenty of filmmakers have ideas, but very few have a thought.

For instance, Quentin Tarantino has lots of ideas, and from time to time he has a thought, but it’s not an immense one. On the other hand, it was clear from his very first film that James Gray was what the Cahiers called an auteur. You could immediately spot it. And after four films, it’s been confirmed. His work is marked by a highly emotional, sensitive and violent thought, channeled through a mise en scène that is rooted in classic auteur cinema.

With each film, he returns to the same thought over and over again: No matter what you do, our pasts are inescapable. It’s the very definition of tragedy - the pasts, and the Gods, weigh upon us with all their might. All of James Gray’s films consist of one or several characters looking to escape their pasts and liberate themselves, knowing all the while they will never do any such thing. If Visconti in The Leopard employed the maxim: “Everything must change so that nothing will change”, in James Gray’s movies the maxim could be: “We want everything to change, but we know that it cannot.”

The past in James Gray’s world means Family - Family in the sense of a mother, father and/or brother, but also family in a larger sense that reflects American society as a whole, with its notions of good and evil, and the idea that every good deed carries its own evil within it. While family may provide the foundation of love, it also suffocates us with its one original sin: it curtails freedom.

In The Yards, Family is defined by the broader clans of politicians and contractors, with each character shuffling to find their place as they march toward their doom. In Little Odessa, Tim Roth character escapes his family by eliminating them, while in We Own the Night, Joaquin Phoenix character is relentlessly brought back to his family, where he winds up replacing his father. And in Two Lovers, the mother played by Isabella Rosselini lets her son go, knowing however that he’ll soon return, that he’s incapable of leaving home.

Tragedy in James Gray’s films is also manifest in the way he uses action not to advance the plot, but to plunge us deeper into its emotional core. He’s constantly revealing the impossibility of making an “action” film (in the American sense of the term). With the prototypical American film the hero acts to erase the past in order to reach the future, and one could caricature the whole of American cinema as one long sequence of a car chasing another car, as the past recedes into the background.

But in the chase scene in We Own the Night, instead of driving away from the past, the hero heads right into it. His actions are blocked - in fact, he can’t act at all. All action has been withheld, and the hero’s goals are never, in the end, resolved, but left to hang there: the suspense is forever suspended. Rather than trying to reinvent the wheel, so to speak, James Gray gives us a car chase where there’s no real chase, because in his world such a chase simply cannot happen.

While the characters remain blocked by their pasts, they’re also trapped within James Gray’s ironclad use of cinematic framing. As a director, he has reduced his style to the essential - to the frame as the purest expression of his thought. It’s a style that was born with Griffith, then developed by Murnau, and finally perfected by John Ford: if one is not in the frame, one does not exist. There is no hors-champ, no world beyond the limits of the frame, and the more he progresses, the more James Gray utilizes the frame and the frame only as a narrative tool.

This is particularly apparent in Two Lovers, in the scene where Sandra talks to Leonard in his bedroom. Initially, she’s framed at different angles, but during the scene’s crucial moment - where he tells her about the wife he once loved but ultimately lost - Sandra is shown exactly at the center of the frame. For Leonard, this means quite simply that there is no escaping the woman that both his past and family will force him to love, and the mise en scène lays her bare before him. She is the target of anyone’s desires but his own.

If the frame is James Gray’s single most potent cinematic tool, he occasionally uses other techniques - slow-motion, etc. - but only out of pure necessity, and he employs shots/counter-shots in such a way that nothing ever leaves the frame. While most contemporary American Filmmakers are concerned with destroying the frame or exteriorizing it via irony, he does the opposite, enclosing the totality of his art within the frame itself.

Many will deem such a style classical, but I find it to be the opposite. For modernity in cinema is less about inventing something new - an idea which has obsessed Hollywood for the last few decades - than about returning to the past to build upon cinema’s foundations. The films of James Gray, both in their thought and expression, are classic works which reinvent our conception of classicism. They are, therefore, entirely modern.

With auteurs like him, the cinema will never die. Moreover, an art that had waited for millions of years to exist, an art directly founded upon lives that are captured and recorded, will never cease as long as life itself continues. As for how such an art is utilized, that’s another story.

[1] In French, the term “pensée” can signify “thought”, but also a “body of thought,” a “way of thinking,” or a “set of beliefs.”

Jean Douchet

sexta-feira, 9 de março de 2012

Uma tese singularmente drástica da nossa modernidade, e contudo amplamente aceita e repetida como um lugar comum da época, afirma a inaptidão de todos os sistemas filosóficos, a impossibilidade das grandes sínteses do pensamento e a incapacidade em geral da razão para dar conta da realidade. Não é difícil imaginar porque é que esta tese tem tanta popularidade: os filósofos são muitos, os livros de filosofia são longos, pensar é cansativo e faz dores de cabeça. E depois, evidentemente, para ler Schopenhauer, é preciso recuar até Hume e a Kant; para ler Sartre, remontar a Heidegger, e não se pode chegar a Marx sem passar antes por Hegel, por Ricardo, por Feuerbach. Para se compreender Wittgenstein, é preciso saber lógica; para ler Vico, história; para abordar Santo Agostinho, teologia. Torna-se, é claro, muito tentador que então alguém nos convença com um bom argumento de que nada disto é necessário, que todos esses rapazes estavam enganados e que podemos passar sem perdas por cima desses três ou quatro mil livros.

Em vez de um bom argumento há um golpe de mão demasiado rápido: a crítica parte da afirmação de que a razão humana é limitada (o que, sem dúvida, é verdade e tão inovador como, por exemplo, dizer que os homens são mortais, ou que, embora agite os braços muito rapidamente, não levantaremos vôo) e, à laia de conclusão, põe de lado toda a história do pensamento, fazendo passar por impotência toda a sua limitação.


Borges e a Matemática

domingo, 4 de março de 2012

Num arco, se abrigando, o Sol que está morrendo,
E, mortalha, sem fim, que do Oriente nos vem,
Repara, meu Amor, na Noite aparecendo.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

- History takes its time.

Clark Gable-Raoul Walsh, Band of Angels

Única forma de descrever o que é este filme: Gone with the Wind refilmado por Marguerite Duras.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Un film impoli

par PIERRE RISSIENT


Je sais, je risque d’être partial...

Je serai partial parce que déjà en 1965, un immense film, Gempelerya [Changements au village] n’a pas été reconnu à sa hauteur. Je serai partial parce qu’il n’y a pas si longtemps Wekande Walauwa [Le domaine] a été martyrisé en grande partie à cause de l’extrême dénuement de ses moyens techniques aux yeux de ceux qui n’ont pas su ou voulu voir la magnificence en profondeur d’un grand cinéaste, Lester James Peries, qui lui voit – et avec quelle humilité – comme à rebours, le périple de sa vie, les changements de son village, de sa ville, de son pays. Je serai partial aussi parce que l’on a été injuste envers Sumitra, l’épouse de Lester, dont La sœur aînée est fait de cette même douceur et de cette même douleur...

Oui, je serai partial alors que l’on méconnaît trop le seul cinéaste au monde qui soit encore le Griffith de son pays – Rekava [La ligne du destin] est au Sri Lanka le film fondateur que Naissance d’une nation fut aux Etats-Unis. Aujourd’hui, avec Prasanna Vithanage, Vimukhti Jayasundara et Asoka Handagama, le Sri Lanka nous envoie non pas des « fils », ni des « héritiers », mais je dirais plutôt des « neveux »... Qu’on en juge sur le cas de La traversée du rêve [A Letter of Fire], le cinquième long métrage de Asoka Handagama.

Nul doute que certains vont se récrier devant le nouveau film d’Asoka comme on le fit devant certains mélodrames de celui qui n’était pas encore reconnu et inscrit au répertoire sous le nom de Douglas Sirk... La traversée du rêve est un film impoli : ne tourne-t-il pas le dos à tous les clichés, à tous les modèles que certains attendent, exigent même, de ces contrées cinématographiques en voie de développement d’où il nous parvient ? La traversée du rêve est un film impoli et barbare : sa barbarie, le film la doit d’abord au choc d’une histoire qui se déroule dans la très haute bourgeoisie, dans l’opulence urbaine d’une société dont on avait pris l’habitude de nous montrer que les classes déshéritées, la pauvreté rurale... Certains de ses personnages ne sont guère plus que des fantoches frivoles. Mais Sirk n’écrivait-il pas aussi sur du vent ?

La traversée du rêve est aussi un film décadent, qui ravive quelque part en moi de vieux souvenirs de lecture de Barbey d’Aurevilly, Huysmans, Villiers de l’Isle Adam, sans que je puisse en dire plus. C’est un film vociférant, le tympan se voile souvent et soudainement : on ne perçoit plus alors les vibrations émotionnelles qu’en sourdine. Et puis le voile se déchire, hurlant : on est à vif, irrité oui... Vous voyez à quel point nous sommes loin de ce « world cinema » policé qui ne sait plus vivre dangereusement !

A l’image de son créateur, La traversée du rêve est un film ambivalent qui se retourne sur lui-même, un film naïf qui pourtant, curieusement, sait rire de sa naïveté, un film irréel qui, telle la figure du père, son personnage central et absent, finit par s’inscrire dans la pierre. Un film presque trop long, ce n’est pas loin d’être vrai, une musique parfois contestable et trop abondante, j’en conviens. Et vous pourrez être, comme je le suis, ambivalent à son égard, saisi par la nature extrême, excessive, de ce film de feu... Un film irrévérencieux, mais d’une telle élégance et d’une telle force dans sa façon de tirer sa révérence.

Au fond, est-ce que je suis si partial ?...



Paris, juin 2005

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012







terça-feira, 10 de janeiro de 2012

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Pelas sendas da modernidade


Nous ne sommes plus innocents
Par Jacques RIVETTE (1950)


Voir à neuf aujourd’hui tels films de Stiller, Murnau, Griffith frappe et révèle l’exceptionnelle importance qu’y revêtent les gestes de l’homme, les démarches de tout l’univers sensible : l’acte simple de boire, de marcher, de mourir y possède une densité, une plénitude de signification et la confuse évidence du signe, transcendant toujours toutes interprétations et limitations – qu’il serait vain désormais de chercher dans le film ; à peu près seuls, Vigo, Renoir, suggèrent ainsi une incessante improvisation de l’univers, une perpétuelle et tranquille et sûre création du monde. Le silence n’explique rien.
Le mal commence avec les suiveurs des « pionniers », avec la réflexion sur le miracle ; toute réflexion implique l’analyse, – qui dût évidemment commencer par le plus sommaire : on réalise des films de synthèse, inexperte encore et naïve, d’où toute sève s’était enfuie. La maladroite systématisation d’un langage, d’une syntaxe que Griffith avait dû confusément élaborer pour s’exprimer, et qui n’était que la conséquence superficielle de son univers particulier – mit le ver dans le fruit, qui n’allait cesser, sous des formes toujours plus sourdes et subtiles, de littéralement dévitaliser le cinéma : lente création d’une rhétorique, toujours plus fine et nuancée, mais aussi plus impitoyablement analytique.
Car : toute découverte, à partir du plan unique ou du « tableau » des primitifs, devait aller presque toujours dans le sens de l’analyse, et plus précisément de l’ellipse, spatiale ou temporelle (un gros plan, est ellipse du contexte spatial) ; au nom de l’éminente supériorité de la suggestion, le refus bientôt systématique de rien montrer qu’exsangue et inoffensif, la dérobade effarée devant l’acte vivant, inséré dans l’espace concret, et sa tranquille impudeur, commandaient une fatale et obstinée dessiccation du réel. L’espace filmique « découpé », morcelé, bientôt désorienté dans l’accumulation des angles rares et divergents et des mouvements d’appareil, perd toute réalité, toute existence même ; on aboutit à un seul cinéma du temps, où rien n’existe que la pure durée de succession d’actes sans densité ni réalité : naissance de la dangereuse notion, toute gratuite, de rythme et de vitesse, – tentant de donner le change en remplaçant l’existence et la présence par l’accumulation, et espérant créer une proie d’une multiplication forcenée d’ombres fuyantes.
Un cinéma du discours rhétorique, où tout doit se plier aux formules usuelles et polyvalentes, stéréotypées pour tout usage : l’univers est capturé et détruit sous un filet de conventions formelles.
Qui correspondent cinématographiquement à des conventions de raison, et donc d’être : un univers, frappé de superficialité, d’irréalité, d’atonie, d’inefficacité, d’insignifiance, engendrant inévitablement la plus complète méfiance par les formes conventionnelles selon lesquelles il apparaît ; moins encore qu’ailleurs, il n’y a ici de séparation de forme et de fond : l’objet est tout dans son acte d’apparaître ; préméditation et routine le condamnent automatiquement et sans appel.
La grande erreur semble donc, d’un langage courant, indifférent à son objet, d’une « grammaire » valable pour n’importe quel récit ; au lieu d’un style nécessaire, nécessité pour celui-ci, plus : créé par lui au fur et à mesure de son expression. Le réalisme ne saurait être solution si l’on entend seulement, par ce mot, substitution, dans des cadres préexistants, interchangeables et inamovibles à des signes conventionnels (adaptés somme toute à leur fonction et à leur contexte) – d’autres, n’ayant de valeur que par référence à un univers autre, et sans commune mesure avec celui de l’écran. Mais seulement si réaliste celui qui se refuse à analyser et disséquer a priori, suivant schèmes et scalpels habituels, sa vision et la transcrit telle et sans intermédiaire sur pellicule, mettant la caméra en prise directe avec sa réalité.
Le « fond », dans son effort naturel à s’exprimer, devient forme et langage : le vivant-organique n’est pas de l’informe (mais seul ce qi est artificiellement animé). Un acte de foi s’impose : dans la puissance naturelle, la force vitale de l’univers intérieur à naître au monde sensible et naïvement s’exprimer : le fait de passer à l’être, à l’apparence, le formule automatiquement, si nul « repentir », nul préjugé, aucun complexe ou relent paralysant des anciennes rhétoriques, ne vient brouiller le jeu, le champ magnétique du miracle naturel, – et si nulle appréhension, nulle impatience, ou manque de foi, ne fait trembler la main guidant la caméra.
Nous crevons d’asphyxie, et d’intoxication rhétorique : il faut faire retour à un cinéma-transcription sur pellicule : « écriture » simple ; fixation d’univers et de leurs réalités concrètes, sans intervention personnelle de la mécanique (aux nickels d’avorteuse, tueuse, dissécatrice…) inscrire simplement sur film les manifestations, le mode de vie et d’être, le comportement du petit cosmos individuel ; filmer froidement, documentairement ; à l’univers de vivre ; la caméra réduite au rôle de témoin, d’œil ; et Cocteau a justement introduit la notion d’indiscrétion ; le plus nettement. Il faut se faire « voyeur ». Les trouvailles visuelles surgissent sans cesse à partir du moment où l’on cesse de les chercher (« Tu ne me trouverais pas si tu m’avais cherché »), par les rapports successifs des phénomènes observés entre eux, et par rapport à un regard qu’ils ne soupçonnent pas : ils n’agissent pas en conséquence de celui-ci, mais à l’état naturel.
La personnalité du créateur se manifeste certes dans son « choix » d’angles, dans son jeu par rapport à la rhétorique usuelle, – dans la mesure où ce qu’il veut montrer diffère d’un spectacle anonyme, et nécessite pour tout apparaître, un regard neuf, plus curieux et libre de préjugés, qui seul en saura pleinement rendre compte. Et l’univers commande ce regard, mais le regard ensemble impose et crée cet univers ; l’univers du créateur n’est que la manifestation, l’efflorescence concrète de son regard et de son mode d’apparaître, – ce regard qui n’est lui-même qu’apparition d’univers.
Il sied de rappeler, au terme d’une analyse dont les nécessités internes nous ont pu conduire à une artificielle division du réel ; dont la propre existence, absurde et contradictoire, ne saurait directement être prise pour objet, mais doit surgir au terme de l’examen, comme son couronnement naturel et sa preuve. – Univers et regard, l’un et l’autre une seule et même réalité ; qui n’existe que par le regard que l’on prend d’elle et celui-ci n’a de sens à son tour que par rapport à elle ; – réalité indissociable, où apparence et apparaître sont confondus, où la vision peut sembler créer la matière (travellings de Renoir), comme la matière impliquer la vision ; sans antériorité, ni relation de causalité. Une seule et même réalité aux deux visages confondus et uns dans l’œuvre créée.
Post-scriptum : lieux communs et vérités premières.
Le film est langage, certes, et profondément significatif, mais fait justement de signes concrets, et ne se laissant pas réduire en formules ; il est inutile, semble-t-il, de rappeler l’unicité du plan, de la prise : captation de l’instant irrémédiable. Là réside le défaut de tous les rapprochements littéraires : grammaires, syntaxes, morphologies, si bien intentionnés soient-ils. La systématisation néglige toujours a priori la complexité de la réalité sensible, pour échafauder ses échafaudages théoriques ; il ne saurait y avoir de grammaires, de syntaxes fondées en loi, mais seulement d’empiriques routines, de hâtives généralisations dans un tel moyen d’expression : nul plan ne se laisse ramener à une formule qui n’en laisse aussitôt échapper la complexe richesse, toutes les virtualités et puissances confuses, qui sont sa réalité même et son existence ; tout au plus pourra-t-on discerner quelques lignes de force tendant à orienter suivant certaines directions les particules sensibles (mais autant d’impondérables) du « champ » magnétique. Rien de semblable aux mots, signes abstraits et conventionnels, qui s’organisent suivant des règles stables ; le plan reste toujours du domaine de l’accidentel, de la réussite unique et sans retour ; une phrase se récrit à volonté. Les conventions de la syntaxe et de la rhétorique sont consubstantielles au mot, et participent de la même nature de convention sociale pour une réciproque compréhension : la croisade de Paulhan contre la « terreur » littéraire trouve en ces faits sa justification. Mais syntaxe et rhétorique sont dans le film, artificiellement plaqués sur du vivant, qui leur échappe, ou qu’elles paralysent, glacent et tuent : nul Paulhan n’est ici concevable ; où la seule Terreur fait loi. – L’expression naturelle qui, dans un langage artificiel et de convention, est de se plier aux conventions et aux artifices, exige, dans ce langage sans loi, toujours improvisé, créé, toujours aventureuse tentative, une continuelle improvisation, une création perpétuelle.

Gazette du Cinéma, maio 1950.

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