Em certas épocas estranhas faz-se necessário um outro tipo de sacerdote, chamado poeta, para fazer com que os homens se lembrem de que ainda não estão mortos. Os intelectuais entre os quais me movi não estavam vivos o suficiente nem mesmo para temerem a morte. Não tinham sangue suficiente em suas veias para serem covardes. Até o cano de uma pistola ser enfiado por debaixo de seus narizes, não sabiam nem mesmo que um dia haviam nascido. Para épocas olhando os céus com uma perspectiva eterna, pode parecer verdade que a vida é um aprendizado para a morte. Mas, para estes infelizes, é igualmente verdade que a morte era sua única chance para aprenderem a viver. G. K. Chesterton, Manalive
terça-feira, 28 de maio de 2013
domingo, 26 de maio de 2013
quinta-feira, 23 de maio de 2013
Das sacristias às alcovas como do teatro ao cinema
Título magnífico do texto do Gérard Legrand (Positif n° 157, março de 1974) sobre o Casanova do Comencini. Dois trechos: Se o Casanova de Comencini se distingue de suas outras realizações recentes, as quais têm por centro de interesse, perigoso se alguma vez houve um, a infância, não é por contrabalançar esse tema, mas por multiplicá-lo pela própria construção do filme, que é essencialmente pedagógica, de uma pedagogia que se dirige tanto ao adulto quanto, neste caso, ao amador do cinema. (...) (...) A preocupação pedagógica de Comencini transparece apenas sob a fluência da sátira: é o amante de sua mãe que revela a Giacomo a ilusão fundamental, graças à qual o conhecimento, e o cinema, são possíveis. O barco parece estar imóvel, pois anda devagar, pois "tudo está bem", e as árvores se movem às margens do rio, e no entanto é o contrário que se passa.