Não sei como no Brasil ainda não foi feito um filme do tipo Letter to Jane com o trabalho fotográfico do Sebastião Salgado, ou com esse espetáculo lamentável que é transformar um corte de cabelo da Luana Piovani numa grande epopéia assistencialista/social.
segunda-feira, 27 de março de 2006
sexta-feira, 10 de março de 2006
quinta-feira, 9 de março de 2006
Telecine Cult neste mês
DELICADOS, OS (STAIRCASE) EUA/FRA/ING-1969 • Dir: Stanley Donen • Com: Richard Burton, Rex Harrison • 100' • C • TA • CP: 12. O cabeleireiro Harry tem de se dividir entre sua mãe doente e seu parceiro Charles, com quem tem uma relação de anos. TCL Dia 30 às 20h10
DIAS DE JUVENTUDE (WAKAKI HI) JAP-1929 • De: Yasujiro Ozu • Com: Ichiro Yuki, Tatsuo Saito • 107' • PB • SR • CP: Livre. Drama mudo sobre dois amigos de escola que brigam pelo amor de uma mesma menina. TCL Dia 19 às 7h30
FILHO ÚNICO (HITORI MUSUKO) JAP-1936 • De: Yasujiro Ozu • Com: Choko Iida, Shinichi Himori, Masao Hayama • 83' • PB • TA • CP: 12. Viúva cria sozinha o filho e, para que ele termine seus estudos, vende suas terras. TCL Dia 20 às 7h35
LEVANTA-TE, MEU AMOR (ARISE, MY LOVE) EUA-1940 • De: Mitchell Leisen • Com: Claudette Colbert, Ray Milland • 113' • PB • SR • CP: Livre. Prisioneiro americano aguarda sua execução quando repórter lhe propõe fuga arriscada. TCL Dia 12 às 13h40 – dia 15 às 12h50 – dia 27 às 19h55
MENINOS DE TÓQUIO (UMARETE WA MITA KEREDO) JAP-1932 • De: Yasujiro Ozu • Com: Tatsuo Saito, Mitsuko Yoshikawa • 91' • PB • TA • CP: 12. Dois irmãos se revoltam ao descobrir que seu pai é completamente submisso e subordinado ao chefe. TCL Dia 14 às 8h05
NO MUNDO DA LUA (THE MAN IN THE MOON - 1991) EUA-1991 • De: Robert Mulligan • Com: Sam Waterston, Tess Harper • 99' • C • TA • CP: 12. Adolescente disputa com a irmã caçula o amor de um rapaz mais velho. TCL Dia 21 às 5h35
PECADORA, A (SEVEN SINNERS) EUA-1940 • De: Tay Garnett • Com: Marlene Dietrich, John Wayne • 87´ • C • SR • CP: Livre. Provocante cantora faz grande sucesso com os marinheiros no Café Seven Sinners. Porém, existe um em especial: o ciumento tenente. TCL Dia 27 às 14h30 – dia 29 às 4h30
PERDIÇÃO DE OSEN, A (ORIZURU OSEN) JAP-1935 • De: Kenji Mizoguchi- • Com: Isuzu Yamada, Daijirô Natsukawa • 97' • PB • TA • CP: 12. Duas amigas são empregadas de inescrupuloso homem que acaba preso. Para conseguir dinheiro, uma delas tem que se prostituir. TCl Dia 30 às 10h
PREÇO DA SOLIDÃO, O (THE EFFECT OF GAMMA RAYS ON MAN-IN-THE-MOON MARIGOLDS) EUA-1972 • De: Paul Newman • Com: Joanne Woodward, Nell Potts • 101´ • C • SR • CP: Livre. A difícil vida de Beatrice, uma jovem viúva com duas filhas para criar. TCL Dia 29 às 20h05 – dia 31 às 11h45
Tem mais coisa, mas eu já gravei.
quarta-feira, 8 de março de 2006
La Maison de bambou (2)
par Louis SKORECKI
CINéCINéMA CLASSIC, 17 h 10.
On disait que Fuller aimait l'Orient. La Chine, le Japon, les bouddhas, les geishas, il ne s'en lassait pas. Ecouter Nat King Cole chanter China Gate, accompagné par mille violons hollywoodiens, sur une musique de Victor Young et des paroles de Samuel Fuller. Les violons ont toujours raison. La Maison de bambou, c'est encore mieux que China Gate. Mieux que J'ai vécu l'enfer de Corée, Fixed Bayonnets, Crimson Kimono, Merrill's Marauders, tous les films orientaux de Fuller. La Maison de bambou a des éruptions de violence qu'on n'a jamais vues ailleurs, et qu'on n'a jamais vues depuis, ni chez Tarantino, ni chez Woo, vulgaires maîtres de ballets ou simples réalisateurs de clips longue durée. Fuller infiltre ses scénarios. Il y glisse des mouchards, des flics, des traîtres. Le traître s'appelle ici Robert Stack. Trois ou quatre ans après la Maison de bambou (1955), tout le monde regardera les Incorruptibles à la télévision, l'une de ces séries fondatrices qui marque le passage du cinéma à la télé (en 35 mm, et filmé par de bons artisans du vieil Hollywood). Robert Stack y est le flic intègre, l'intouchable.
Pour le moment, il se contente de trahir le truand qui l'aime d'amour. Lisez dans les marges de l'histoire, vous verrez ça. Cet amour est fragile, aussi transparent que les cloisons de papier que Fuller démolit avec une joie d'enfant survolté. Robert Stack en flic infiltré, Robert Ryan en truand, si vous avez un meilleur casting en magasin, je suis preneur. Même le couple Edmond O'Brien-James Cagney dans L'enfer est à lui est moins efficace. Moins lyrique, moins glamour. Trahir, c'est son truc, à Fuller. Dès son premier film, J'ai tué Jesse James, il met ses pas dans ceux de Bob Ford, le bandit qui tue Jesse James dans le dos. «Je regrette ce que j'ai fait à Jesse. Je l'aimais», dira Bob Ford en mourant. Stack aimait aussi Ryan. Ou est-ce le contraire ?
Há algumas semanas coloquei um still de White Heat (o momento "Top of the world, Ma'!" do filme) ao lado de uma foto do final de House of Bamboo (o cadáver de Ryan agarrado ao globo metálico). Não foi por acaso nem foi um acaso. Quem viu os dois filmes (como por exemplo o Skorecki, conforme o texto acima, e por isso estou transferindo as imagens para acompanharem esse texto) vai entender melhor o que pretendo com este blog.
Da mesma forma, não é da cartola que tirei as semelhanças - invulgares e bastante óbvias, a não ser para quem não queira ver - entre The Brown Bunny e Trouble Every Day.
Mas bem...
As pílulas do Skorecki são hoje a melhor crítica possível a essas abominações do pós-cinema que são a tal da "nova comédia americana", o tal do "drone" e a crítica (que não é crítica mas puro reflexo cultural acrítico) que os idolatram. Se Skorecki fizesse diretamente a crítica desses caras, do que eles chancelam, das ideias que promovem, provavelmente não se sairia tão bem.
SUPERMAN III
Não bastasse o Richard Pryor, o filme tem mais coisa digna de nota:timing cômico e coreografias dignas de Edwards; composições milimetricamente compostas que não entravam em momento algum a fluidez de cada cena; tiração de sarro com a franquia; Christopher Reeve em momento Chevy Chase; Annette O'Toole, Robert Vaughn e Pamela Stephenson perfeitos; Superman consertando a torre de Piza; Lester se perde um pouco com o terço final, acumulação de subtramas e ações marginais (a parte do Superman negativo não é bem integrada ao filme), mas acaba redimido pelo final Atari; e, acima de tudo e todos, esse Deus que andou na Terra por um breve instante e que chamávamos de Richard Pryor.
segunda-feira, 6 de março de 2006
La Maison de bambou
CINéCINéMA CLASSIC, 8 h 40.
par Louis SKORECKI
J'ai eu la chance de rendre souvent visite à Samuel Fuller, quand il était encore vif et drôle, dans sa villa des hauteurs hollywoodiennes truffée de mannequins militaires et de tableaux noirs en guise de storyboards. Entre 1963 et 1965, j'ai bien dû enregistrer vingt-quatre heures de conversations avec lui. L'essentiel se trouve dans deux numéros de Présence du cinéma, de loin la meilleure revue de cinéma au monde. Les Cahiers n'ont rien eu. Je me souviens d'avoir piqué une tête dans sa piscine avec l'ami Daney, l'année où il mettait ses pas dans les miens à la recherche de sensations fortes. Quelques jours plus tôt, on s'était promenés autour de la piscine de cette folle de Cukor, entouré de toutes ses copines, plus hystériques les unes que les autres. Il m'avait tendu l'une de ses chemises en se pinçant le nez, et j'avais dû l'enfiler. J'étais rouge de honte. Il faut dire que je sentais mauvais. Monter et descendre les collines de Beverly Hills à la recherche d'une maison de milliardaire (Daney n'a jamais conduit, moi non plus), ça ferait suer n'importe qui.
Fuller et l'Orient, c'est une belle histoire d'amour. Il adorait la Chine, le Japon, les geishas, les temples, les bouddhas. J'ai encore un 45 tours signé de sa main («To my friend Louis, the new wave in journalism»), sur lequel Nat King Cole chante la chanson générique de China Gate. La Maison de bambou, c'est mieux que China Gate. De tous ses films orientaux (Fixed Bayonnets, J'ai vécu l'enfer de Corée, The Crimson Kimono, Merrill's Marauders), la Maison de bambou est le plus beau. Le film a de ces accélérations, de ces éruptions de pure violence qu'on n'a jamais vues ailleurs. Fuller est unique jusque dans la manière dont il infiltre ses scénarios. Il y glisse des mouchards, des flics, des traîtres. Ici, le traître s'appelle Robert Stack. Oui, oui, l'incorruptible.
domingo, 5 de março de 2006
quarta-feira, 1 de março de 2006
La cinémathèque imaginaire de…
Luc Moullet, réalisateur
Films cités
La Chouette aveugle de Raul Ruiz, 1987
Tapage nocturne de Catherine Breillat, 1979
Puissance de la parole de Jean-Luc Godard, 1988
Die Bergkatze (la Chatte des montagnes) d'Ernst Lubitsch, 1921
The Road to yesterday (L'Empreinte du passé) de Cecil B. de Mille, 1925
Ruby Gentry (La Furie du désir) de King Vidor, 1952
Shock corridor de Samuel Fuller, 1963
Go fish de Rose Troche,1994
Breakfast of champions d'Alan Rudolph, 1998
The Golden bed de Cecil B. de Mille, 1925